Uma pitada, bem caprichada, de sorte.
Não
passar fome na infância.
Ter
a possibilidade de estudar.
Poder trabalhar.
Descobrir
os poderes mágicos dos livros.
Esbarar
nos amigos que estão espalhados por aí a nossa procura.
Encontrar
quem te bote no bom caminho do álcool.
Descobrir
o sexo que é o alimento do prazer.
Ter
olhares e sorrisos para as ruas, para o povo.
Descobrir
que a desigualdade e a injustiça andam juntas de mãos dadas.
Identificar
os inimigos que pode ser a própria justiça.
Torna-se
poeta ou qualquer outro tipo de artista,
inclusive
aqueles que admiram e se emocionam.
Entender
que a luta também pode ser armada.
Esperar
o momento certo da luta, sem medo algum da morte,
que
pode não acontecer no curto espaço da nossa vida,
e, por isso, plantar e regar sempre a
semente da revolução.