quinta-feira, 30 de julho de 2020

O SEXTO LIVRO



Finalmente encontrará a saída
Mas não as voltas, os desígnios proféticos.

Soma todos os seus triângulos
E terás a perfeita forma do Livro sexto.

A justiça só é escrita sem o medo
Mas são tantos os pecados já prescritos

Aberto ao meio se dividira em dois
E perecerá ao encontro do Livro Três
Minhas línguas se transformam em mãos

Portanto, leitor, comande os exércitos
E os uno ao vinho e ao amor.
Reflito não um espelho, mas desejos atônitos.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

O QUINTO LIVRO


Havia homens, mulheres, páginas
Tinta e entrelaçar de pernas e dedos.

Olha a sua mão e os seus cinco dedos
no centro encontra-se o Livro

O nome de Fátima é bendito
E todos os cinco sentidos
Têm medo de encontrá-lo em pesadelos.

Em suas páginas a Perfeição perseguida
pelos Deuses e alcançada por Hórus
Apenas ele e suas muralhas em volta de seu corpo.

Após cinco dias nasce o milho
E o olho esquerdo passa a guiar seus passos.
Nunca deves voltar ao ponto que era escuridão.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

O QUARTO LIVRO



És todo fígado
Dores, gorduras, cancro.

Havia um homem que cultivava barbas
e de suas barbas surgiam livros
de suas mãos intenções que formavam estrelas
e estas se apagavam ao vento assim o círio.

Quanto mais brancas as barbas
Mais de suas estantes nasciam livros do Livro.
Nasciam asas, mas também ilusões que não eram azuis.

Somas dois quadrados pois és o fazendeiro
E de tuas minas escavaras o ouro e a tanzanita.

Darás de comer a quem o Livro folhear
E a espada para enfrentar os Quatros Cavaleiros.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

O TERCEIRO LIVRO



Escaldante é o calor das entranhas
Não queiras conhecer-te por inteiro.

Assim como gozas dentro da mulher amada
Gozarás com as folhas do Livro.

Qual espada dentro do inimigo
Empunharás o Livro contra a morte.

A morte é todo um único esquecimento
Só o Livro resgatará as memórias de uma nação.

Usarás as palavras do Livro
Como as asas usam os pássaros.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

O SEGUNDO LIVRO



O álcool em colunas romanas
Impede o avanço inimigo
Dos bárbaros: suicídio e depressão.

Herdas dos teus pais e do teu povo
Tuas fortunas, doenças e guerras.
As lembranças estão no olhar,
Não na memória que se faz tempo.

Herdas do Livro outros livros
Que o primeiro a ser lido é o que vicia.

Bebes teus vinhos, amas tuas crias,
Assim também avanças através do Livro.
Oh Perdedor! Oh Perdedor!

Guerreiro, saberás de tuas derrotas
Nas páginas do Livro, nunca de tuas vitórias.