quinta-feira, 27 de setembro de 2018

INEXISTIR

Há poemas 
que se negam a nascer
por inteiro.

Mostram-se apenas um bracinho,
uma perninha,
um sorriso.
Apenas o necessário para que nos apaixonemos.

Mas negam-se a nascer...
O motivo?
Sabe-se lá...

Travessuras, talvez.

Tenho vários desses quase rebentos.
Habitam as minhas gavetas,
dentre os meus livros,
em folhas amareladas 
e pintadas com meus rabiscos,
à espera de que amadureçam.

Mas é inútil.
São travessos.
Apenas pequenos poemas travessos.

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