quinta-feira, 2 de novembro de 2017

ALMEJO O NADA

 

Almejo o nada.

O poema abstrato:
sem forma, sem sentimentos,
sem cor.

Almejo a morte!

O que sou?
Uma marionete em mãos divinas?

Qual a essência do mal?
Se vim do bem: Deus?

Quem és, Senhor?
Quem sou?
És um sádico? Um alquimista?

E eu apenas um verme
ingrato ao meu criador?

Almejo o nada: sem dor!

O que seria a vida, sem dor,
senão o paraíso?

Almejo o quanto antes
o último poema!
O infarto libertador!

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