Se me perfuro, jorram versos.
No peito, o poço é profundo,
infinito espero,
que o medo de ficar
sedento
é o que agora menos
quero.
Hei de querer o mal para mim?
Se o mal não desejo
nem a quem não quero
bem?
O poço é profundo, sinto,
e só uma parte é jorrada,
pois da outra me
alimento.
Sou mãe de mim mesmo,
pai e criador, assim
espero,
de infinitos poemas.
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