quinta-feira, 25 de agosto de 2016

DESCOBERTAS

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Que prazer o pirata Colombo sentiu
ao descobrir as Américas!

Que prazer Santos Dumont,
ao pilotar o sonho de Dédalos!

Que prazer Sabin,
ao descobrir a vacina contra a paralisia infantil!

As descobertas nos renovam
como uma fonte da juventude,
enriquecem-nos
como uma pedra-de-toque,
revolucionam
como o açúcar adicionado ao chocolate,
amargo produto do cacau.

Minhas primeiras descobertas,
junto com a magia do sexo,
foi a possibilidade de escrever e ler.

(Posteriormente descobri o absurdo da vida
e seus labirintos infinitos).

Descobri autores e livros,
dos primeiros os primeiros foram
Manuel Bandeira, Pablo Neruda, Érico Veríssimo.

Dos livros, lembro Clarissa
(quantos mistérios e revelações
para um menino de doze anos);
um livro de um autor alemão
(gritos na escuridão?)
que falava de cinema, sexo, traição
e o inevitável fim de forma patética;
Hélio de Soveral com sua Brigitt Montefort...

A maturidade revelou-me
novos amores:
Borges, Quintana, Ferreira Gullar,
embora os antigos ainda morem
em meu coração e em minha estante.
Atualmente, leio Cláudio Aguiar, Alberto da Cunha Melo e Afonso Romano de Sant’Anna.


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