O meu quarto são quatro paredes brancas
me refugio.
as inacabáveis
batalhas pela vida.
enquanto a
morte não vem.
Lembranças da
infância cada vez mais nebulosas
e distantes.
A fumaça do
cigarro do homem
nesta gravura
na parede,
incomoda-me os
pulmões .
Repetem-se os
sons
como a
repetição da vida,
nas
tempestades de ânimos em que se afundam
meus navios.
Busco-me
- como busca o
sol a trepadeira,
o suicídio , o aposentado –
nos meus
livros empoeirados
como um mágico
à fantasia de espelhos,
noites, beijos
e bombas,
sons,
cores e seres.