Meu esquálido corpo paralítico
sente a falta do teu corpo,
faminto,
feito peste.
E a guerra que se trava
sob o intenso bombardeio de nossos
deixa saldo terrível:
corpos suados e exaustos.
Teus peitos esféricos de moça
ferem minha língua sôfrega de prazer.
Através do teu e do meu suor
sorvemos um ao outro.
Os pêlos freneticamente arrepiados
são ervas daninhas,
são árvores,
a unha de bicho,
a sopro de Deus.
Mas sob o ruído de ratos
num desesperado esforço de esgotamento físico,
sinto vontade de te roer as entranhas.
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