"O céu é o meu tecto, a terra minha pátria e a liberdade a minha religião." (ditado cigano)
Da janela do
meu apartamento
Vejo meu país
Mês de
setembro, a chuva cai forte,
frente fria
vinda de São Paulo,
segundo andar.
Escuto vozes:
Simone, Gal,
Elis.
Mas também as
vozes dos operários
que pedem salários melhores,
mães que choram por leite para seus filhos,
vozes fracas
que pedem justiça e pão.
E,
nas tardes imensas como desertos,
em que a certeza do tédio
é pior do que a da morte,
o tempo muda
parecendo mais
lento
como o calor ou
a tortura.
Exilo-me
nas cavernas de
minhas cáries,
no salário de
funcionário público federal,
a alma mofando entre velhos arquivos
de papéis e desejos
e a vida lá
fora a correr sob o sol.
"O céu é o meu tecto, a terra minha pátria e a liberdade a minha religião." (ditado cigano)
Da janela do
meu apartamento
Vejo meu país
Mês de
setembro, a chuva cai forte,
frente fria
vinda de São Paulo,
segundo andar.
Escuto vozes:
Simone, Gal,
Elis.
Mas também as
vozes dos operários
que pedem salários melhores,
mães que choram por leite para seus filhos,
vozes fracas
que pedem justiça e pão.
E,
nas tardes imensas como desertos,
em que a certeza do tédio
é pior do que a da morte,
o tempo muda
parecendo mais
lento
como o calor ou
a tortura.
Exilo-me
nas cavernas de
minhas cáries,
no salário de
funcionário público federal,
a alma mofando entre velhos arquivos
de papéis e desejos
e a vida lá
fora a correr sob o sol.
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