Onde a noite esquivou-se?
A tristeza é meu cão guia.
O amor, bebo-o em grandes goles
com gelo.
A alienação parece ser a pílula
da felicidade.
Em branco, passo a compor a vida.
Desejos retesados quais cordas de
um violino.
Desejei-a durante todo setembro,
não a tive.
Outubro seguiu o som dos
mergulhos.
Novembro, fiz aniversário.
Não sou nada.
Ocupo apenas os espaços
esquecidos.
Silêncio.
Ninguém me ouve.
Reverbero-me em conchas e
cristais.
O espaço é meu rádio.
O tempo, tenho-o de sobra,
mas não o posso aprisionar.
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