quinta-feira, 2 de agosto de 2018

MÃOS QUE PENTEAVAM MEUS CABELOS

Gostaria muito de poder andar, não posso.
Adoraria ser feliz, não pude.

Frequentei os puteiros de minha cidade natal,
Carpina.
Ganhava afagos, mãos que penteavam meus cabelos,
refrigerantes.
Um frio percorria minha barriga,
congelava meu sangue nas veias,
apenas um sorriso tímido conseguia esboçar.

Gostaria muito de poder jogar futebol, não posso.
Adoraria trabalhar no que me desse prazer, não pude.

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