quinta-feira, 29 de setembro de 2016

PLUTOCRACIA


Não quero amar-te como amo-me,
quero apenas usar teu corpo
como ao povo,
penetrar-te como numa tortura;
que amor político!

Quero fazer-te sofrer
e mesmo assim que me ames,
idolatre-me como uma bandeira.

Quero morder tua carne,
embebedar-me em teu sangue
fazer um banquete com teu corpo.

Quero adorar teu corpo, teu sexo, mas odiar-te.
Dizer que te amo ao ouvido,
e entregar-te a outros homens
que me paguem em dólares por ti.

Não te quero beijar,
quero cuspir em tua boca,
queimar-te com cigarros.

Quero usar-te,
usar-te como escrava,
usar-te como meio,
eu sou o fim.
Usar-te até que morras asfixiada.

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