O amor desabrochou.
Havia no peito a
semente seca,
em terra árida.
Mas, com tuas mãos,
reviraste-me
e a água que brotou
dos teus olhos,
inesgotável fonte de
beleza,
regou-me,
saciou-me a sede,
encharcou-me o peito e
a alma,
fez-me fértil.
Alimentaste-me com tua
saliva:
boca a boca.
O amor desabrochou,
maduro fruto, polpa
macia.
A seiva do teu ventre e
o sumo do teu sexo fecundaram-me.
O amor renasceu
e a alma, vivente ser,
sorriu.
E o corpo, efêmera
morada,
novamente deseja o
gozo de existir
a cada hora, a cada
minuto,
a cada momento, ao teu
lado.
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