Li uma vez um livro
em que o amante se declarava
à amada
com um lindo poema
e dela ganhava um
beijo.
“Tua boca tem a frescura
de um figo maduro...”
Disse eu à minha amada de infância.
Mas eu nunca havia
provado um figo
e ela me pareceu
não ter gostado da
poesia.
Foi assim o meu
primeiro desencanto.
E, até hoje, desencanto após desencanto,
minha boca anseia pela tua boca
e teu hálito de figo
maduro.
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