Sei que dói,
dói em mim a tua morte.
Talvez doa mais naqueles que te conheceram,
te tocaram, te falaram,
talvez doa mais,
talvez.
Mas o que dói mais, Elis,
é a morte daqueles
que nada deixaram gravado,
nada deixaram escrito,
nada deixaram.
O que mais me dói, Elis,
e sei que também doía mais em ti,
é a morte daqueles que morrem famintos,
(de pão e de justiça)
sim, Elis,
parece incrível,
todos os dias.
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