Mandou-me, ela, um beijo
No coração. Corri, abri meus
Cofres, contei meus cobres.
Contratei o melhor cirurgião
Da pequena cidade
De minha meninice. Ele,
habilmente,
Abriu-me o peito; cortando-me
A carne; cerrando-me os ossos.
E lá, dentro do coração, colocou
O beijo que, ela, de longe,
mandara-me
Com tanto amor e carinho.
Morri, tenho certeza, do excesso
De carinhos e beijos que, ela, de
Longe, lá da distante infância,
enviara
Ao meu poente coração.
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