Meu amor, te arrebento
como me arrebento.
Amo-te assim como que
desgarrada,
sem saber se ao menos
te acharei.
Amo-te assim como que
esquecida.
Como uma dor sem
remédio.
Amo-te?
Como o ópio, loucura.
Amo-te afastada
como a um filho dado,
como à lua.
Amo-te calada,
como um silêncio
ferido,
um choro trancado
e a chave perdida.
Amo-te assim como a um
cão.
Banho-te, acaricio-te,
dou-te comida,
mas és um cão.
Amo-te por fim
como quem odeia,
como quem não vê que a
noite é escura
e se aproxima
a cada belo dia
ensolarado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário