O poema caiu de
mim-árvore,
madurado,
na época certa da
colheita.
Tinha no gosto
o acre de alguns
momentos
de desencanto e tédio,
e o doce açúcar de
outros,
como um beijo
na boca da amada
ou um amanhecer cor de
fogo
com uma leve brisa
que tudo anuncia.
Havia ainda
a leve embriaguez
do álcool ou do sexo.
Ofereço-vos este
fruto.
Que a sua polpa dê
forças
ao vosso corpo
e suas sementes,
após secas e
plantadas,
floresçam,
e que, enfim, a beleza
faça parte de vosso
pomar.
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