Não,
não gostaria de ter sido infiel
às
mulheres que amei,
às
que me amaram,
às
que não me amaram,
às
que foram fieis,
às
infiéis, mas não fui.
Em
atos, pensamentos e repetições.
E
a porra da culpa cristã, até hoje, me persegue.
Não,
não gostaria de criança ter sido
acometido
pela pólio, mas fui.
A
depressão, inimiga traiçoeira,
não
foi minha escolha.
Viver
em uma sociedade capitalista
Foi
o destino?
Não!
Que
forças me levam ao álcool, às
vaginas
E
ao desespero?
Não,
não gostaria de que meu pau
não
mais subisse,
que
minha libido tenha se esvaído
com
as drogas que não me deixam deprimir.
Não,
não gostaria...
Mas,
parece-me que nada decido sobre mim,
Sobre
minha natureza, meu sexo, meus terrores.
Será?