Egon Schiele
Primeiro, finja-se de
morto,
distraído, o idiota da
aldeia.
E como quem não quer
nada,
agarre a perninha do
poema.
Segure-a de leve,
puxando-a com carinho.
Deite o poema no
papel, sorria.
Balance o pequeno
poema recém-nascido,
examine-o: cada letra,
cada palavra, cada som, cada silêncio.
Banhe-o com a palavra
solidariedade,
que só pode ser
encontrada no vocabulário do socialismo.
Dispa-se de qualquer
preconceito:
entregue-o ao leitor.
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