Meus sonhos eram
povoados
por lobos maus e
padres
que comiam
criancinhas,
mas minha mãe de
criação, Lia,
contava estórias para
eu, minino, dormir.
Coçava minhas costas e
dizia:
dorme! Lobo mau não
vem aqui!
Padre está rezando
missa!
Minha avó Lídia
penteava meus cabelos,
assim que, minino, saia do banho.
Mamãe me achava tão
lindo, um rei.
Meu pai me sonhava
juiz ou médico,
autoridade.
O mundo era enorme,
minha casa imensa,
a rua sem fim:
transbordavam-me os
sonhos!
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