o poema não detém a morte!
Digo-lhe:
Nem as estrelas infinitamente
a luz.
Será inútil o meu ofício?
- Penso.
Insano cultivar sereno vício?
Mas que importa, não procuro
a eternidade,
principalmente nestas tardes
tediosas,
quando a certeza da morte
me alivia
qual ao corpo lasso,
o bálsamo.
O poema retém a vida!
Digo,
nessas letras, mágicos símbolos,
eternos momentos de confissão.
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