quinta-feira, 16 de abril de 2015

O SEGUNDO SENTIDO


A tua simples visão extasia-me
como o vinho
bebido em grandes goles
             à noite,
no colo de jovens mulheres
que sabem amar.

É preciso que haja lua
e o som de instrumentos
             e vozes me animem.

Os amigos devem estar presentes.
Não devemos pensar na alma,
não se falará dos homens
             que sofrem.

Apenas o corpo
e sua transitoriedade,
o corpo e seus prazeres,
apenas o gozo.

Só assim posso comparar
a emoção de meu ser
que através dos meus olhos
             te avista
ao longe,
confundindo-te com o leviano vento
que te toca
com suas mãos de pluma.
Oh maldito!


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