O poema deve ter a medida certa,
deve servir ao seu tempo,
estar vivo
e ser real.
O poema, pelo menos nos dias de hoje,
não deve sonhar,
mas lutar,
que suas palavras,
quando lidas em voz alta
pelos oprimidos,
penetrem nas cabeças
dos ouvintes
e lá se alojem como balas.
Mas o poema não deve matar,
e sim impedir a morte,
e sim impedir a injustiça.
O poema, nos dias de hoje,
deve ter a medida certa,
exata,
como o metro.