Para o MST e Dom Pedro Casaldáliga
Que a terra,
mãe de todos
nós,
seio generoso
e abundante
que se oferece
para saciar a
fome de seus filhos,
sejam quantos
forem,
torne-se livre.
Precisamos
agir,
pois, só
se plantarmos, colheremos o fruto,
e gritar,
gritar a
canção dos que se unem
e festejam a
união
de caminhar
num só sentido de lutas
e esperanças.
Que a terra
seja liberta das cercas
que ferem as
mãos calejadas dos homens.
Precisamos
plantar,
não grilhões,
mas a árvore
do alimento
e do amor,
porque a fome é a primeira
barreira
a vencer,
e com a sua
derrubada
o amor fluirá
do homem,
companheiro
nosso
na luta pela
alegria,
como um olho d’água vazado
que forma um rio.
E a alegria é
justiça e pão,
e a justiça e
pão é paz,
e a paz é o amor e o amor é Deus,
e Deus é a
terra sua criação,
e a terra é de
todos.